Por: Julia de Moura, Maíra Orso e Michele Goulart Massuchin
A discussão deste post está relacionada ao fato de que o jornalismo tradicional passa por uma crise generalizada, que envolve sua credibilidade e a relação de confiança com os cidadãos que, historicamente, tem se afastado do consumo da informação advinda dos grandes grupos midiáticos (DNR, 2022). A despeito dos problemas inerentes à profissão e da atuação duvidosa da imprensa brasileira, esta sempre foi considerada como um espaço de referência para a obtenção de informação (MORAES; ADGHIRNI, 2012; GOMES, 2018). Porém, isso tem se alterado com novos fluxos informacionais, principalmente a partir do ambiente digital (RECUERO, SOARES, BRAGA, 2020, p.6). E, de forma concomitante, os dados sobre confiança e consumo têm caído gradativamente nas últimas décadas, afastando os cidadãos dessas fontes (MICK, 2019; DNR, 2022).
Ainda que não haja uma única explicação sobre o que tem minado a confiança e alavancado outras referências para o consumo de informação, os ataques e críticas evidentes realizados por pessoas públicas, grupos organizados e afins têm sido frequentes (STRÖMBÄCK et al., 2020; BENNET, LIVINGSTON, 2018; CARLSON, et al, 2021; FERNANDES, et al, 2021, FINGENSHOU, IHLEBAEK, 2018;2019; CESARINO, 2019; MASSUCHIN, et al. 2021). E, nesta seara, uma série de trabalhos têm identificado ataques à imprensa advindos de alguns segmentos de forma frequente, o que poderia prejudicar as relações de confiança na mídia convencional no Brasil. Neste conjunto, entre as possibilidades de ataques e críticas à atuação da imprensa tradicional também estão as mídias alternativas que surgem como um novo espaço de produção e consumo de conteúdos. Assim, busca-se observar, especialmente, como estes agentes se referem à mídia mainstream e, para isso, analisa-se a produção de conteúdo de sites que se intitulam como noticiosos e se alinham a distintos espectros ideológicos.
Para representar a mídia alternativa[1] no Brasil optou-se por seis sites: DCM, O Cafezinho, Brasil 247, Folha Política, Gazeta Brasil e Conexão Política. Três de esquerda e três de direita, respectivamente. A ideia, portanto, é identificar como essa imprensa alternativa faz referência às práticas da mídia tradicional, tendo, para isso, sido recortadas as citações a três veículos impressos – Folha de S. Paulo, Estadão e O Globo – como ilustrativos deste grupo. A coleta foi feita durante dois anos (julho/2020 e junho/2022) totalizando 855 e 578 referências aos três jornais mencionados. Esses conteúdos foram codificados com base no estudo de Cushion et al (2021), sobre o comportamento da mídia alternativa na Inglaterra e tem-se quatro variáveis adaptadas ao cenário brasileiro: a organização citada (identifica se a referência é a um canal específico); o sentimento (que diz respeito a críticas ou elogios abertos ou implícitos), o tipo de crítica (que identifica se a referência é sobre precisão factual; imparcialidade ou parcialidade; qualidade; entre outros) e a entidade a qual é direcionada (jornalistas, instituição, proprietários, etc).
Os primeiros dados apresentados na Tabela 1 dizem respeito a quantidade de matérias analisadas nas mídias alternativas de direita e esquerda em um período de dois anos (julho de 2020 a junho de 2022), que incluíam conteúdo que se refere substancialmente à mídia tradicional. De um total de 1.433 matérias que citam a Folha de S. Paulo, Estadão ou O Globo, 855 foram encontradas nos veículos de esquerda (59,7%) e 578 nos veículos de direita (40,3%). Isso mostra uma primeira diferença que é a relação mais evidente da esquerda do que da direita com a mídia mainstream. No entanto, aqui ainda não há nenhuma evidência sobre a qualificação dessas referências.
Tabela 1
Distribuição das citações da imprensa
Posição | N | % | |
Direita | 578 | 40,3 | |
Esquerda | 855 | 59,7 | |
Total | 1433 | 100,0 |
A partir dos próximos dados, passa-se a dar atenção às variáveis que qualificam as menções e diferenciam mais diretamente o comportamento das mídias alternativas em relação às mainstream. E, assim como acontece no estudo que demonstra Cushion et al. (2021) sobre os sites alternativos em UK, no Brasil a esquerda também dá mais ênfase editorial à crítica da grande mídia do que a direita. A Tabela 2 revela que o sentimento de crítica nas citações gerais dos dois segmentos aparece em 25,2% das vezes e as demais citações (74,8%) são com abordagem neutra. Entretanto, quando olhamos comparativamente para direita e esquerda, esse percentual se explica, em partes, pelo alto índice de neutralidade nas postagens feitas pela direita (92,2%), que critica a grande mídia somente 45 vezes (7,8%).
Enquanto isso, a esquerda marca um percentual de crítica em 316 postagens (37%). Quando se compara os dois segmentos, portanto, percebe-se alteração na intensidade de críticas, havendo maior presença na esquerda, o que é comprovado pelos resíduos padronizados (6,9 para a relação entre presença de crítica e as mídias de esquerda e -8,3 para presença de críticas e as mídias da direita). Os sinais positivos e negativos exibem a proximidade e o distanciamento, respectivamente, entre os sites de mídia alternativa e a presença ou não desse tipo de comportamento.
Tabela 2
Porcentagem do tipo de referência
a imprensa mainstream
Sentimento (Crítica ou Elogio) | Total | ||||
Crítica | Neutro | ||||
Posição | Direita | N | 45 | 533 | 578 |
% | 7,8% | 92,2% | 100,0% | ||
R.p. | -8,3 | 4,8 | |||
Esquerda | N | 316 | 539 | 855 | |
% | 37,0% | 63,0% | 100,0% | ||
R.p. | 6,9 | -4,0 | |||
Total | N | 361 | 1072 | 1433 | |
% | 25,2% | 74,8% | 100,0% | ||
Chi-quadrado: 155,746 P=0.00 |
Quando examinados os tipos das críticas sobre a grande mídia nos sites hiper partidários (Tabela 3) encontra-se um foco editorial diferente (P=0.000) entre os segmentos de direita e esquerda, mostrando que o teor das críticas é divergente. Acima de tudo, a acusação das mídias alternativas de esquerda de que a Folha de S. Paulo, Estadão e O Globo são imparciais em sua cobertura se acentua, totalizando 76 publicações com este tipo de crítica (24,1%). Já a direita não acusa de nenhum viés de imparcialidade das mídias de forma clara (-3,1). Outra crítica da esquerda que aparece é a acusação de que a grande mídia – Folha, Estadão e O Globo – apoiou o golpe de estado de 1964 e também o impeachment de Dilma Rousseff – o que ocorreu em 65 matérias (20,6%). A menção “o jornal foi parabenizado por jornalistas de vários veículos diferentes, mas o apoio ao golpe de 64 não foi perdoado” na matéria “‘Folha fez 100 anos, mas está com o corpinho de 64’, diz internauta”, publicada pelo Diário do Centro do mundo, é um exemplo deste tipo de crítica. Enquanto isso, a direita não soma nenhuma crítica a essa categoria e mantém um resíduo de -2,8, demonstrando a diferença entre o teor da crítica. Questionar a cobertura jornalística da imprensa tradicional apontando suavização ou mascaramento da realidade foi a terceira crítica mais empregada pela esquerda – 44 vezes (13,9%) – com destaque para resíduos negativos de -2,3 da direita para essa categorização, demonstrando que a direita novamente não tende a acusar a grande mídia nesta categoria. Como exemplo deste tipo de crítica cita-se a menção “Neste sábado (10), a Folha de S. Paulo voltou a usar da falsa simetria para comparar a ex-presidente Dilma Rousseff a Jair Bolsonaro” na matéria “Dilma: ‘Folha faz uma analogia grotesca ao insistir na tese da pedalada fiscal’” publicada pelo Diário do Centro do Mundo em 10 de maio de 2021.
Tabela 3 –
Porcentagem do tipo de referência de crítica de mídia
Posição | Total | ||||
Direita | Esquerda | ||||
Tipo de crítica/elogio | Falta de precisão | N | 4 | 21 | 25 |
% | 8,9% | 6,6% | 6,9% | ||
R.p. | 0,5 | -0,2 | |||
Imparcialidade | N | 0 | 76 | 76 | |
% | 0,0% | 24,1% | 21,1% | ||
R.p. | -3,1 | 1,2 | |||
Problemas na cobertura | N | 2 | 16 | 18 | |
% | 4,4% | 5,1% | 5,0% | ||
R.p. | -,2 | ,1 | |||
Má qualidade da produção | N | 4 | 21 | 25 | |
% | 8,9% | 6,6% | 6,9% | ||
R.p. | ,5 | -,2 | |||
Acusação de fake news | N | 19 | 7 | 26 | |
% | 42,2% | 2,2% | 7,2% | ||
R.p. | 8,8 | -3,3 | |||
Acusação de favorecimento político a candidato | N | 1 | 18 | 19 | |
% | 2,2% | 5,7% | 5,3% | ||
R.p. | -,9 | ,3 | |||
Apoio a golpe de Estado | N | 0 | 65 | 65 | |
% | 0,0% | 20,6% | 18,0% | ||
R.p. | -2,8 | 1,1 | |||
Suavização ou mascaramento da realidade | N | 0 | 44 | 44 | |
% | 0,0% | 13,9% | 12,2% | ||
R.p. | -2,3 | ,9 | |||
Outro | N | 15 | 48 | 63 | |
% | 33,3% | 15,2% | 17,5% | ||
R.p. | 2,6 | -1,0 | |||
Total | N | 45 | 316 | 361 | |
% | 100,0% | 100,0% | 100,0% | ||
Chi-Square: 122,820. P=0.000 |
A direita, por outro lado, se sobressai com outras críticas. Tende, por exemplo, a acusar a imprensa tradicional com acusações de fake news em 19 matérias (42,2%) e obtém resíduo de 8,8, sendo o mais alto e que demonstra a maior proximidade identificada no cruzamento dos dados. Como exemplo tem-se a matéria “Globo divulga mais mortes por Covid-19 do que registradas em cartórios”, publicada pela Gazeta Brasil no dia 21 de julho de 2020.
A fim de explorar o objeto da crítica à imprensa tradicional, avaliou-se se a menção substantiva estava relacionada aos profissionais – os jornalistas ou colunistas –, aos proprietários, donos da empresa de mídia ou a instituição de forma mais ampla. A pesquisa categoriza essas críticas para entender a quem elas são direcionadas, já que os alvos podem ser variados, como já demonstraram Cushion et al. (2021). A direita tende a direcionar suas críticas à instituição (66,7%) e aos profissionais (31,1%), com as críticas aos proprietários dos veículos ocorrendo em apenas um exemplo. A esquerda, por outro lado, direciona quase todas as críticas à instituição, e demonstra uma tendência bem menor a criticar os profissionais quando comparada à direita (resíduos padronizados negativos de -1,9). Essa é uma diferença importante porque também dialoga com certa referência direta à profissionais feita por grupos de direita, com ataques verbais e online, como demonstram relatórios recentes sobre o cenário brasileiro (ABRAJI, 2022). Isso tem relação também com a compreensão mais robusta da própria atividade e cultura jornalística na qual os profissionais estão inseridos.
Referências bibliográficas
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[1] No trabalho optamos por usar como sinônimos “mídia alternativa” e “veículos hiperpartidários”. O que se entende por mídia alternativa no Brasil está mais voltado à comunicação organizada por grupos de resistência. Porém, internacionalmente, o conceito de “mídia alternativa” refere-se também a veículos que produzem desinformação ou notícias polêmicas. A definição de mídia alternativa utilizada por Cushion et al (2021), por exemplo, é a de sites que se consideram oposição à mídia mainstream ou anti-establishment, conversando com a conceitualização de veículos hiperpartidários dada por Dos Santos Junior (2022).
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