Dados sobre o uso do site de rede social pelas eleitas para a Câmara Municipal da capital catarinense

Rafaela M. Sinderski

Este texto dá sequência às postagens sobre a presença das vereadoras eleitas em 2020 no Twitter. Sabe-se que as mulheres são sub-representadas no campo político (NORRIS E INGLEHART, 2005; MIGUEL E BIROLI, 2010; CHILDS E LOVENDUSKI, 2013; PANKE E IASULAITIS, 2016; PAXTON, HUGHES E BARNES, 2020) e que, em uma conjuntura eleitoral, precisam lidar com os estereótipos de gênero e com a invisibilidade que desafiam suas campanhas (MASSUCHIN, MARQUES E MITOZO, 2020). Em cenários assim, sites de redes sociais como o Twitter surgem como possíveis aliados das postulantes na caminhada pelo poder político (McGREGOR E MOURÃO, 2016), pois permitem que elas interajam mais diretamente com o público e exponham suas propostas de forma menos onerosa (MASSUCHIN, MARQUES E MITOZO, 2020).

Considerando isso, o objetivo desta publicação é medir a intensidade de uso do Twitter das vereadoras florianopolitanas, comparando o número de tweets por elas publicado com a quantidade de votos recebidos por cada uma. Com ajuda do pacote TwitteR para o ambiente de programação R, foram coletadas as postagens feitas pelas representantes entre 1 e 15 de novembro de 2020, reta final da campanha eleitoral, mais o dia da eleição. O quadro 1, abaixo, mostra a relação de vereadoras estudadas.

Quadro 1 – Vereadoras eleitas para a Câmara Municipal de Florianópolis em 2020

Fonte: autora (2021), com dados disponibilizados pelo TSE .